Índice Texto Completo
  • CC (L10406) Código Civil
    • LIVRO IV - DO DIREITO DE FAMÍLIA
      • TÍTULO IV Da Tutela e da Curatela
        • CAPÍTULO II Da Curatela
          • SEÇÃO I Dos Interditos
            • Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
              • I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
              • II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
              • III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
              • IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;
              • V - os pródigos.
            • Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:
              • I - pelos pais ou tutores;
              • II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
              • III - pelo Ministério Público.
            • Art. 1.769. O Ministério Público só promoverá interdição:
              • I - em caso de doença mental grave;
              • II - se não existir ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo antecedente;
              • III - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas no inciso antecedente.
            • Art. 1.770. Nos casos em que a interdição for promovida pelo Ministério Público, o juiz nomeará defensor ao suposto incapaz; nos demais casos o Ministério Público será o defensor.
            • Art. 1.771. Antes de pronunciar-se acerca da interdição, o juiz, assistido por especialistas, examinará pessoalmente o argüido de incapacidade.
            • Art. 1.772. Pronunciada a interdição das pessoas a que se referem os incisos III e IV do art. 1.767, o juiz assinará, segundo o estado ou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela, que poderão circunscrever-se às restrições constantes do art. 1.782.
            • Art. 1.773. A sentença que declara a interdição produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso.
            • Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições concernentes à tutela, com as modificações dos artigos seguintes.
            • Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito.
              • § 1º Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto.
              • § 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.
              • § 3º Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.
            • Art. 1.776. Havendo meio de recuperar o interdito, o curador promover-lhe-á o tratamento em estabelecimento apropriado.
            • Art. 1.777. Os interditos referidos nos incisos I, III e IV do art. 1.767 serão recolhidos em estabelecimentos adequados, quando não se adaptarem ao convívio doméstico.
            • Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado, observado o art. 5o.
          • SEÇÃO II Da Curatela do Nascituro e do Enfermo ou Portador de Deficiência Física
            • Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar.
            • Art. 1.780. A requerimento do enfermo ou portador de deficiência física, ou, na impossibilidade de fazê-lo, de qualquer das pessoas a que se refere o art. 1.768, dar-se-lhe-á curador para cuidar de todos ou alguns de seus negócios ou bens.
          • SEÇÃO III Do Exercício da Curatela
            • Art. 1.781. As regras a respeito do exercício da tutela aplicam-se ao da curatela, com a restrição do art. 1.772 e as desta Seção.
            • Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
            • Art. 1.783. Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão universal, não será obrigado à prestação de contas, salvo determinação judicial.